Em reuniões com associações do setor de geração distribuída, o senso comum é que querem matar a geração de energia sobre os telhados.

Nos últimos dias, consumidores de energia de todo o país estão recebendo notificações das distribuidoras de energia anunciando a aplicação das novas regras definidas pela Aneel, através da REN/Aneel 1.059/2023 que modificou a REN/Aneel 1.000/2021 e extinguiu as RENs/Aneel 482/2012 e 687/2012 que foram as bases da micro e minigeração de energia.

As notificações anunciam novas obrigações (custos adicionais) as contas de energia. Isso mesmo, a agência reguladora, criou, à revelia de todos e de tudo, cobranças adicionais que oneram diretamente o orçamento familiar e o caixa das empresas brasileiras.

O assassinato está sendo premeditado por poderosos que se acham donos do setor elétrico e que resolveram dar o tiro de misericórdia contra o direito do consumidor em gerar sua própria energia.

Esses poderosos sugam a renda da população brasileira, empobrecendo-a, obtendo lucros bilionários a cada ano, mediante a prestação, com baixíssima qualidade, de um serviço público essencial que é o fornecimento de energia.
A sanha pelo “mercado cativo” é tão grande que supostamente houve um verdadeiro aparelhamento da instância reguladora que passou a tramar contra os interesses da população brasileira.
Vale tudo nessa trama, utilizam notícias falsas, números bizarros, fórmulas que nem a NASA entende, chegando ao cúmulo de utilizarem a desinformação como arma, com o argumento que estão defendendo os interesses das classes menos favorecidas.

Me perdoem o desabafo, é que tem hora que, pela luta ser tão desigual, parece que não tem mais jeito. Esse método já foi utilizado em outros países, dou como exemplo a Espanha e a Itália, e por lá funcionou.

Sou um homem de FÉ! Estamos iniciando um novo ciclo, foram nos Governos Lula (2004) e Dilma (2012) que foram criadas as bases da geração distribuída em nosso país, iniciando o necessário processo de democratização do setor elétrico brasileiro.

Quem sabe agora, com a volta desse Governo, conseguiremos rechaçar esse ataque das trevas contra a luz (solar).
A luta continua por um sistema de energia descentralizado no qual os consumidores, empoderados na condição de produtores de sua própria energia, possam estar inseridos em um sistema de energia resiliente, justo, livre e alinhado com as novas diretrizes de proteção do clima planetário.

Estão mirando nas costas dos mais de 500 mil trabalhadores que sobem nos telhados todos os dias para levar energia limpa para as famílias desse Brasil brasileiro.
Por Daniel Lima, presidente da Associação Norte e Nordeste de Energia Solar (Annesolar).

Publicado em https://diariodopoder.com.br/